Relembrando a História do Brasil no seu Bicentenário de Independência (1822-2022) #2

POPB/ 002/2022

CRISE ECONÔMICA NA CORTE DO RIO DE JANEIRO (1)

Se hoje falamos em crise econômica, que se arrasta há anos, o mesmo vivenciou o Reino do Brasil quando aqui permaneceu Dom João VI, até sua partida definitiva para Portugal, deixando para trás seu filho Dom Pedro de Alcântara, cuidando dos interesses da Coroa no Brasil, como Príncipe Regente. Dom João partiu para Lisboa no dia 26 de abril de 1821.

Segundo o historiador Oliveira Lima (1867-1928), “umas das coisas que mais pareciam apavorar o príncipe era a grave situação financeira, com a qual havia de arcar. As dificuldades do governo neste terreno eram imediatamente devidas às circunstâncias em que se operou a retirada da corte... cuja remessa (de fundos de Portugal) se achava agora suspensa”. “...a penúria do erário com o estancar dessa fonte primordial de receita, traduzia-se naturalmente pelo atraso dos pagamentos a civis e militares”.

Havia nas Cortes de Lisboa descontentamento e reprovação quanto a pedidos de vultuosos empréstimos ao Brasil, ainda que as quantias solicitadas eram insuficientes para cobrir as despesas e compromissos existentes. O Brasil se fazia representar nas Cortes e, segundo um congressista, Fernandes Thomaz,  “nunca, em tempo algum, ainda que estivesse todo o Brazil neste congresso, se aceitaria tal empréstimo proposto como se propõe”.

 Fonte: O Movimento da Independência (1821-1822), Oliveira Lima. Com Melhoramentos de São Paulo,1922.

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